Verdade e Fé: 4 Textos para os Estudiosos
Parte I
O Poder Sobrenatural da Fé na Bíblia
“Fides non potest haberi sine veritate.”
“A fé não pode existir sem a verdade.”“
Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.” (Hebreus 11:6)
A história da humanidade está repleta de relatos de poder sobrenatural, demonstrado por figuras emblemáticas que servem como exemplo de uma fé inabalável e de uma conexão profunda com o divino. Esses exemplos são narrados tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, destacando a força que uma fé genuína pode exercer sobre o mundo físico e espiritual.
No Antigo Testamento, encontramos o exemplo de Moisés, um profeta que, sob a orientação de Deus, liderou o povo de Israel para fora do Egito. Moisés é lembrado não apenas por sua liderança, mas também pelo seu poder de lançar pragas sobre o Egito, como descrito no livro de Êxodo. Essas pragas não eram meramente fenômenos naturais; elas eram manifestações diretas do poder divino em resposta à fé e obediência de Moisés. A Bíblia relata: “Estende a tua mão para o céu, para que haja trevas sobre a terra do Egito, trevas que se possam apalpar” (Êxodo 10:21). Esta passagem ilustra como a fé de Moisés e sua comunicação com Deus resultaram em demonstrações de poder que transcenderam as capacidades humanas.
Outro exemplo poderoso é o de Elias, um profeta cuja fé em Deus permitiu que ele confrontasse diretamente a idolatria e a injustiça de seu tempo. Elias desafiou os falsos profetas de Baal no Monte Carmelo, pedindo que o Deus verdadeiro respondesse com fogo. Quando Deus respondeu, consumindo o sacrifício de Elias com chamas vindas do céu, ficou claro que a fé de Elias era uma força poderosa. “Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo saiba que tu, Senhor, és Deus e que fizeste voltar o seu coração” (1 Reis 18:37). Elias também utilizou seu poder profético para confrontar políticos corruptos, mostrando que a fé verdadeira é uma força que exige justiça e retidão.
No Novo Testamento, Jesus Cristo frequentemente falou sobre o poder da fé. Ele ensinou que com fé verdadeira, nada é impossível. Em Marcos 11:23, Jesus afirma: “Em verdade vos digo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele.” Aqui, Jesus não está falando apenas de um poder literal, mas também do potencial transformador da fé, que pode mover “montanhas” na vida daqueles que acreditam.
Esses exemplos bíblicos mostram que o poder sobrenatural não é algo que pode ser manipulado ou controlado por vontade própria; ele é uma manifestação do divino que responde à fé genuína e sincera. A fé que move montanhas é aquela que é profundamente enraizada em valores morais e uma conexão autêntica com Deus. No entanto, muitos religiosos contemporâneos parecem ter perdido essa conexão com o verdadeiro poder da fé, possivelmente devido à falta de uma base moral sólida ou à sua dedicação a erguer templos exteriores, em vez de templos interiores.
A ausência de fé genuína pode ser vista como consequência de uma espiritualidade superficial, onde a ênfase é colocada em rituais e tradições externas em vez de uma verdadeira transformação interior. Jesus criticou essa hipocrisia, dizendo: “Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim” (Mateus 15:8). Ele enfatizou a importância de uma fé que é vivida de dentro para fora, e não meramente exibida externamente.
O verdadeiro poder da fé não reside em demonstrações externas de piedade, mas na pureza do coração e na integridade moral que sustenta essa fé. Para aqueles que desejam experimentar o poder sobrenatural descrito nas Escrituras, é necessário retornar a uma vida de fé autêntica, fundamentada em valores morais sólidos e em uma relação genuína com o divino. Somente assim será possível restaurar a conexão com o verdadeiro poder de Deus, que transcende o ordinário e toca o extraordinário.
Parte II
“Fides vera profundis radicibus crescit.”
“A fé verdadeira cresce com raízes profundas.”
“Porque o Reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder.” (1 Coríntios 4:20)
A Importância da Fé Genuína
Para reencontrar essa conexão profunda e genuína com o divino, é essencial que os indivíduos e as comunidades religiosas reflitam sobre o estado atual de sua fé. A fé que Moisés, Elias e Jesus demonstraram não era uma fé superficial ou conveniente. Era uma fé que exigia sacrifício, obediência e uma disposição para enfrentar adversidades, tudo em nome de algo maior que eles mesmos.
No caso de Moisés, sua fé foi testada repetidamente durante a jornada de quarenta anos pelo deserto. Ele enfrentou dúvidas e reclamações de seu próprio povo, além de desafios externos, mas sua fé nunca vacilou. A força de Moisés residia na sua confiança inabalável em Deus, independentemente das circunstâncias. Isso nos ensina que a fé verdadeira é provada nos momentos de dificuldade e que o poder sobrenatural não é uma recompensa para a fé fraca, mas um testemunho da fé que persiste.
Elias, por sua vez, nos mostra que a fé autêntica é intrinsecamente ligada à justiça e à verdade. Ele não tinha medo de confrontar reis e profetas corruptos, porque sua fé em Deus era maior do que seu medo das consequências terrenas. A história de Elias desafia os crentes de hoje a examinar suas próprias vidas e a considerar se estão dispostos a defender a verdade, mesmo quando isso é impopular ou perigoso. A fé que gera poder sobrenatural é uma fé que não hesita em falar e agir com coragem e justiça.
Jesus Cristo exemplificou a essência da fé em sua forma mais pura. Ele ensinou que a fé não é simplesmente acreditar em milagres ou esperar recompensas, mas confiar plenamente em Deus e submeter-se à Sua vontade. Ele chamou os seus seguidores a cultivar uma fé que fosse como a de uma criança, pura e despretensiosa. Em Mateus 17:20, Jesus disse: “Em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará; e nada vos será impossível.” Esta metáfora do grão de mostarda nos lembra que não é o tamanho da fé que importa, mas a sua sinceridade e a sua capacidade de crescer e se fortalecer ao longo do tempo.
Hoje, muitos religiosos podem sentir que o poder que uma vez foi prometido pelas Escrituras parece distante ou inalcançável. Pode ser que essa sensação de desconexão seja um reflexo de uma fé que se tornou ritualística, focada nas aparências e na conformidade, em vez de ser uma expressão viva de uma relação pessoal com Deus. A Bíblia nos adverte contra o risco de uma fé superficial, que é como uma semente que cai em terreno rochoso, onde não tem profundidade suficiente para criar raízes (Mateus 13:5-6).
Além disso, há um perigo na busca incessante por erguer “templos exteriores” — igrejas grandiosas, estruturas físicas impressionantes e uma imagem pública de piedade — em detrimento da construção do “templo interior”. Jesus lembrou a todos que “o Reino de Deus está dentro de vós” (Lucas 17:21), enfatizando que a verdadeira morada de Deus é o coração do crente e não qualquer edifício feito por mãos humanas.
A fé verdadeira requer uma dedicação constante à construção desse templo interior, uma prática espiritual que nutre a alma e alinha a vida diária com os ensinamentos de Cristo. Essa dedicação exige mais do que simples aparências; ela pede uma transformação interior que só pode ser alcançada por meio de uma busca sincera e contínua por Deus. Assim, a perda do poder sobrenatural entre os crentes de hoje pode ser vista como uma consequência direta da falta de compromisso com essa transformação interior e a ausência de uma moralidade que realmente reflita os princípios divinos.
Redescobrir o poder sobrenatural que as figuras bíblicas exemplificaram é o caminho de uma fé verdadeira, enraizada na justiça, na verdade e na transformação interior. É um caminho que desafia os crentes a olharem para além das aparências externas e a focarem em uma relação autêntica e viva com Deus. Somente quando esta fé genuína é restaurada é que o verdadeiro poder de mover montanhas, transformar vidas e testemunhar o sobrenatural pode ser experimentado novamente.
Não cabem alegações de que somente no passado Deus fazia milagres. A Bíblia está repleta de promessas que apontam para o contínuo agir de Deus em meio ao Seu povo. Jesus, ao falar aos seus discípulos, afirmou claramente que aqueles que cressem n’Ele fariam as mesmas obras que Ele fez, e ainda maiores. Em João 14:12, Ele declara: “Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para o Pai.”
Essa promessa é clara de que o poder de Deus não está limitado a uma época ou a um grupo específico de pessoas. O mesmo Espírito que operava em Moisés, Elias, e nos apóstolos, está disponível para todos os crentes que possuem uma fé verdadeira e transformadora. A chave para acessar esse poder não está em rituais religiosos ou em declarações vazias de fé, mas em um relacionamento profundo e genuíno com Deus, que leva à obediência, santidade e dedicação à Sua vontade. Portanto, é preciso reconhecer que o mesmo Deus que operou milagres no passado deseja continuar a agir poderosamente hoje, através daqueles que se colocam nas mãos Dele com uma fé viva e sincera.
Parte III
“Quod non est testatum, non est iudicatum.”“O que não é comprovado, não é julgado.”
“Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça.” (João 7:24)
Julgamentos Precipitados e o Verdadeiro Discernimento Espiritual
Ao longo da história, temos observado um fenômeno preocupante entre alguns grupos religiosos: a tendência de atacar e condenar outros que manifestam um poder transformador real ou até mesmo dons de cura, sem considerar a autenticidade ou a origem desses poderes. Em vez de examinar os frutos dessas manifestações e discernir se estão alinhadas com os princípios de amor, justiça e verdade do Evangelho, alguns preferem imediatamente rotular aqueles que são diferentes como “endemoniados” ou “agentes do mal”. Este comportamento é muitas vezes motivado por medo, ignorância ou uma fé que não se enraíza na experiência transformadora com Deus. Mas, como devemos entender essa atitude à luz das Escrituras?
Jesus Cristo também enfrentou esse tipo de acusação. Em Mateus 12:22-24, há um relato de um evento onde Jesus cura um homem cego e mudo, que estava possuído por um demônio. Em vez de reconhecer o milagre como uma obra de Deus, os fariseus, cegos por sua incredulidade e inveja, disseram: “Este não expulsa os demônios senão por Belzebu, príncipe dos demônios.” Aqui, vemos como até mesmo o Filho de Deus foi acusado de operar pelo poder do mal, simplesmente porque Seus atos desafiavam a compreensão e a autoridade dos líderes religiosos de Seu tempo.
Jesus respondeu a essas acusações com sabedoria, explicando que um reino dividido contra si mesmo não pode subsistir. Ele disse: “Todo reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá. E, se Satanás expulsa a Satanás, está dividido contra si mesmo; como subsistirá, pois, o seu reino?” (Mateus 12:25-26). Ele desafiou a lógica dos fariseus e os convidou a refletir sobre a incoerência de suas acusações. Se Jesus estivesse expulsando demônios pelo poder de Belzebu, então estaria agindo contra o próprio reino do mal, o que seria uma contradição.
Este episódio é um exemplo poderoso de como até mesmo os líderes religiosos podem errar ao julgar os atos de Deus. Em vez de examinar os resultados — libertação, cura, transformação de vidas — e compará-los com os frutos do Espírito, como amor, alegria, paz, paciência, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gálatas 5:22-23), alguns preferem condenar sem discernir. Este julgamento precipitado é muitas vezes uma projeção de seus próprios medos e falta de poder espiritual genuíno.
Por que, então, tantos religiosos ainda hoje acusam aqueles que operam milagres e manifestações de poder de estarem possuídos pelo demônio ou de serem agentes do mal? Poderia ser porque, ao reconhecer que Deus ainda opera através de meios e pessoas que estão fora do seu entendimento ou controle, eles teriam que confrontar suas próprias deficiências espirituais? Talvez temam que, ao admitir a legitimidade desses milagres, eles tenham que admitir que perderam o contato com o verdadeiro poder transformador da fé.
É também possível que essa atitude derive de uma falta de entendimento sobre a natureza da obra de Deus no mundo. Quando os discípulos viram alguém expulsando demônios em nome de Jesus e tentaram impedi-lo porque não era parte do seu grupo, Jesus os corrigiu dizendo: “Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo falar mal de mim. Pois quem não é contra nós, é por nós” (Marcos 9:39-40). Jesus aqui está ensinando que o verdadeiro poder de Deus não é limitado pelas fronteiras que os humanos colocam. A obra de Deus é muito maior e mais inclusiva do que as nossas divisões sectárias.
Além disso, o próprio apóstolo Paulo advertiu contra o julgamento precipitado e a exclusão dos outros com base em nossas próprias convicções. Em Romanos 14:4, ele escreve: “Quem és tu que julgas o servo alheio? Para o seu próprio senhor está em pé ou cai; mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar.” Paulo encoraja os crentes a não se envolverem em julgamentos sobre quem está certo ou errado em sua fé, mas a confiar que Deus é capaz de guiar cada pessoa em seu caminho espiritual.
Assim, a questão que se coloca é: por que alguns religiosos continuam a atacar indiscriminadamente outros que manifestam um poder transformador real, chamando-os de “endemoniados” ou “agentes do mal”? Será que essa atitude não é, em si mesma, uma forma de resistência ao Espírito Santo, que continua a operar de maneiras que podem desafiar as nossas expectativas e preconceitos?
Em vez de julgar apressadamente, os cristãos são chamados a discernir os espíritos (1 João 4:1) e a examinar os frutos de qualquer ministério ou manifestação espiritual. Se a obra resulta em cura, libertação, transformação de vidas e glorificação de Deus, então é razoável questionar se realmente é obra do inimigo ou se é Deus agindo de maneiras inesperadas. Como Jesus ensinou, “pelos seus frutos os conhecereis” (Mateus 7:16), e esses frutos são o verdadeiro teste da autenticidade de qualquer obra espiritual.
É essencial que aqueles que professam fé em Cristo busquem uma compreensão mais profunda do poder de Deus e evitem cair na armadilha de julgar rapidamente os outros. A verdadeira fé é humilde, aberta e receptiva à ação de Deus em todas as suas formas, sabendo que o Espírito sopra onde quer, e nós, como servos de Deus, somos chamados a seguir a Sua liderança, e não a limitar o Seu poder.
Parte IV
“Mendacium habet breves crura.”
“A mentira tem pernas curtas.”
“Acautelai-vos, que ninguém vos engane; porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.” (Mateus 24:4-5)
Os Falsos Profetas e o Espírito de Engano
A Bíblia, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, alerta sobre a presença de falsos profetas e charlatões que, movidos por um espírito de engano, procuram desviar as pessoas da verdade. Esses indivíduos frequentemente fazem previsões e proclamam falsas profecias, tentando confundir e manipular as massas para seus próprios fins. Nos últimos tempos, isso tem se tornado cada vez mais evidente, com muitos pregadores e supostos “profetas” fazendo inúmeras previsões vagas e genéricas, esperando que, por pura probabilidade, algumas delas se realizem, criando assim uma falsa aparência de legitimidade.
No Antigo Testamento, Deus adverte Seu povo sobre a presença de falsos profetas. Em Deuteronômio 18:20-22, é dito: “Porém o profeta que presumir de falar alguma palavra em meu nome, que eu lhe não mandei falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá. E, se disseres no teu coração: Como conheceremos a palavra que o Senhor não falou? Quando o tal profeta falar em nome do Senhor, e tal palavra se não cumprir nem suceder como profetizou, esta é palavra que o Senhor não falou; com soberba a falou o tal profeta; não tenhas temor dele.” Esta passagem deixa claro que uma profecia verdadeira deve cumprir-se exatamente como foi anunciada; caso contrário, é uma evidência de falsidade.
No Novo Testamento, Jesus também adverte seus seguidores sobre a vinda de falsos profetas, especialmente nos últimos tempos. Em Mateus 24:11, Ele afirma: “E surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos.” Este aviso é um claro lembrete de que o espírito de engano estará ativo, particularmente à medida que o fim dos tempos se aproxima. Esses falsos profetas, ao fazerem previsões sem fundamento, esperam que alguma delas eventualmente se concretize, não por revelação divina, mas por mero acaso ou coincidência estatística.
O apóstolo Paulo também abordou este tema, alertando as comunidades cristãs sobre aqueles que, em vez de servir a Cristo, servem a seus próprios interesses. Em Romanos 16:18, Paulo diz: “Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples.” Isso revela a natureza manipuladora dos falsos profetas, que usam palavras agradáveis e promessas vazias para enganar aqueles que não estão firmemente enraizados na verdade do Evangelho.
Além disso, na sua segunda carta aos Tessalonicenses, Paulo fala do “homem do pecado” que virá com todo poder e sinais e prodígios de mentira (2 Tessalonicenses 2:9-10). Este espírito de engano é caracterizado por uma habilidade de iludir, que se tornará ainda mais prevalente à medida que o fim dos tempos se aproxima. A estratégia é clara: criar uma miríade de falsas previsões para confundir e dividir, fazendo com que as pessoas percam a confiança na verdade e se desviem para seguir enganos.
O apóstolo Pedro também adverte sobre o perigo dos falsos mestres em sua segunda epístola, destacando que eles “introduzirão encobertamente heresias destruidoras” e que muitos seguirão seus caminhos de perdição (2 Pedro 2:1-2). Ele destaca que esses falsos mestres são motivados pela cobiça e pelo desejo de ganho pessoal, explorando os outros com palavras fingidas. Essa é uma advertência relevante, pois muitos desses charlatões que fazem previsões hoje estão mais interessados em fama, poder ou lucro financeiro do que em comunicar a verdade divina.
Nos tempos modernos, vemos um aumento desses falsos profetas, que fazem inúmeras previsões em um estilo que “atira para todos os lados”, esperando que, ao menos por uma questão de estatística, alguma se cumpra. Quando isso acontece, eles rapidamente reivindicam legitimidade, ignorando todas as outras profecias que falharam. Este comportamento é um sinal claro de engano e de falta de conexão com o verdadeiro Espírito de Deus.
Para os fiéis, é essencial serem vigilantes e discernirem os espíritos, como João adverte em 1 João 4:1: “Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.” Somente através de um relacionamento autêntico com Deus e um entendimento profundo de Sua Palavra é que se pode evitar ser enganado por charlatões.
O caminho para evitar o engano é manter-se firme na fé genuína, alimentada pela verdade bíblica e vivida através de uma conexão sincera e constante com Deus. Essa é a única forma de discernir entre a verdade e o erro, entre o poder genuíno de Deus e as imitações baratas usadas para enganar os incautos.
Além disso, é importante reconhecer que tentar prever o futuro por meios sincronísticos, como baralho, i ching, ou através da percepção extra sensorial como bola de cristal ou visão remota, e realizar centenas de alegações de futuros possíveis, é menos pernicioso do que utilizar o nome divino para profetizar falsamente. Enquanto as práticas esotéricas buscam previsões e mesmo entretenimento através de métodos diversificados, a profecia falsa que se utiliza do nome de Deus é uma manipulação grave da verdade divina.
Jesus mesmo advertiu contra aqueles que usam o nome de Deus para enganar: “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome, e em teu nome expelimos demônios, e em teu nome fizemos muitos milagres? Então lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” (Mateus 7:22-23). Essa advertência revela a gravidade de usar o nome de Deus para falsidade e engano, comparado às práticas esotéricas que, apesar de suas próprias falhas e perigos, não reivindicam a autoridade divina.
Os crentes sejam cautelosos com aqueles que usam o nome de Deus de forma desonesta e manipulativa. A verdadeira fé exige integridade e fidelidade à Palavra de Deus, e o discernimento espiritual é fundamental para proteger-se das artimanhas de forças obscuras.